O que define um Metroidvania
Um Metroidvania de qualidade conjuga dois pilares essenciais: um mundo interconectado de exploração não linear e a progressão significativa por meio de habilidades que desbloqueiam novas vias. Assim, cada poder conquistado altera a leitura do mapa e, por consequência, abre atalhos, segredos e rotas alternativas.
Além disso, bons títulos costumam oferecer desafios que equilibram plataforma e combate, mantendo um ritmo que incentiva o retorno a locais já visitados. Desse modo, a sensação de descoberta permanece viva do começo ao fim. Por outro lado, quando o jogo falha nessa cadência, a experiência perde impacto. Portanto, coerência e ritmo são vitais para merecer o rótulo de Metroidvania.
Super Metroid — o marco inicial


Lançado em 1994 para o Super Nintendo, Super Metroid estabeleceu a base da estrutura que muitos Metroidvanias seguem. Nele, você retorna a Zebes como Samus Aran, explora cavernas, desbloqueia o Morph Ball, encontra o Grapple Beam e acumula upgrades que mudam a forma de navegar.
Consequentemente, o mapa se expande organicamente e, então, você abre rotas antes bloqueadas. Isso cria aquela sensação característica de voltar atrás para ir mais longe. Além disso, o ritmo elegante, a ambientação sci-fi e a trilha atmosférica fazem dele uma obra essencial e atemporal.
Castlevania: Symphony of the Night — gótico e inovador


Em 1997, Castlevania: Symphony of the Night reinventou a franquia ao adotar exploração aberta com sistema de RPG. Você controla Alucard, acumula níveis, equipa armas e magias, e avança por um castelo repleto de segredos.
Além disso, poderes como transformar-se em névoa ou morcego ampliam o alcance do mapa e, portanto, alimentam a curiosidade. Como resultado, o jogo se tornou um marco estético e mecânico. De fato, a expressão “Metroidvania” cristalizou-se a partir dessa fusão entre Metroid e Castlevania.
Hollow Knight — elegância moderna


Lançado em 2017 pela Team Cherry, Hollow Knight elevou o gênero. Ambientado em Hallownest, o jogo combina combate preciso, mapa denso e narrativa sutil revelada por exploração. Além disso, os “Brasões” permitem personalização fina e, por consequência, diversos estilos de jogo.
A cada habilidade desbloqueada, novas rotas surgem e, assim, o mundo se reconfigura aos seus olhos. Enquanto isso, a trilha melancólica e o visual desenhado à mão constroem uma atmosfera inesquecível. Não por acaso, ele é presença constante em listas dos melhores Metroidvanias.
Ori and the Will of the Wisps — emoção e fluidez


Ori and the Will of the Wisps (2020) combina emoção, trilha cinematográfica e jogabilidade refinada. O movimento é leve, preciso e, acima de tudo, gratificante. Cada habilidade, como o Dash ou o Spirit Arc, reconfigura a exploração e, portanto, desbloqueia novas possibilidades.
Além disso, a estética é deslumbrante e a direção de arte guia intuitivamente. Por outro lado, o desafio cresce com elegância, mantendo a fluidez. Assim, mesmo quem não costuma jogar Metroidvanias encontra aqui uma porta de entrada calorosa.
Bloodstained: Ritual of the Night — herança clássica revisitada


Desenvolvido por Koji Igarashi, Bloodstained: Ritual of the Night (2019) é um tributo direto à linhagem de Symphony of the Night. A protagonista Miriam coleta “fragmentos” de inimigos para ganhar habilidades e, desse modo, expande seu leque de combate enquanto o castelo se revela com atalhos e segredos.
Além disso, o visual 2.5D mescla nostalgia e modernidade. Portanto, para quem sente saudade dos tempos de Alucard, esta é a sequência espiritual que mantém o espírito vivo, porém com polimento atual.
Ender Lilies: Quietus of the Knights — atmosfera e profundidade



Ender Lilies: Quietus of the Knights (2021) oferece uma melancolia poderosa. Você controla Lily, uma sacerdotisa que purifica almas corrompidas e, assim, recruta espíritos que substituem armas tradicionais. Consequentemente, o combate ganha nuance tática sem abrir mão da exploração.
Ao mesmo tempo, a arte desenhada à mão e a trilha etérea constroem uma atmosfera triste, porém belíssima. Portanto, quem busca um Metroidvania intimista e emotivo encontrará aqui uma joia subestimada.
Blasphemous II — fé, sangue e redenção



Blasphemous II (2023) combina iconografia religiosa espanhola, exploração labiríntica e combate brutal. Cada arma oferece um estilo distinto e, por isso, a progressão incentiva experimentação constante.
Além disso, a arte grotesca e a narrativa simbólica reforçam o peso espiritual da jornada. Como resultado, o jogo se destaca entre os melhores Metroidvanias recentes para quem busca intensidade e desafio.
Metroid Dread — o retorno triunfante

Metroid Dread (2021) marca o retorno da série 2D principal com agilidade moderna. Os robôs E.M.M.I. criam zonas de perseguição tensas e, portanto, adicionam suspense à exploração. Enquanto isso, o mapa é meticulosamente construído para alternar liberdade e orientação.
Consequentemente, a sensação de avanço é constante e, ao mesmo tempo, o combate permanece técnico e responsivo. Assim, Dread prova que a franquia que inspirou o gênero segue em plena forma.
Por que o gênero continua relevante
Mesmo com mundos abertos gigantes e narrativas cinematográficas, o gênero Metroidvania permanece forte. Isso ocorre porque ele equilibra liberdade e estrutura com precisão. Além disso, cada habilidade conquistada recontextualiza a exploração e, desse modo, renova o mapa sob uma nova ótica.
Ao mesmo tempo, estúdios independentes encontraram nesse formato um terreno fértil para criatividade sem orçamentos colossais. Portanto, a vitalidade do gênero não é casual: ela nasce do prazer de descobrir, voltar e dominar.
Conclusão
De Super Metroid a Blasphemous II, os melhores Metroidvanias evoluíram sem perder a alma. Seja pela nostalgia dos clássicos ou pela inovação dos modernos, o que torna essas obras inesquecíveis é a capacidade de transformar exploração em satisfação genuína.
Se você valoriza progresso tangível, segredos bem escondidos e mapas inteligentemente interligados, este gênero continuará chamando você de volta. Afinal, explorar, aprender e superar limites é uma sensação que, felizmente, não envelhece.













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